1. |
Lamento (single)
04:03
|
|
||
Lamento verdadeiro:
Toda a vida trabalhei para comer um osso,
Sugaram-me o tutano chucharam-me o pescoço. (2x)
E agora chego aqui estou velho com desgosto.
Quero ir pr'á terra sem cavar nem pisar mosto.
Nunca pedi nada a ninguém nem um caroço,
Só naquele dia que queria curtir tremoço.
Na verdade não pedi, é minha, fui eu que a fiz,
A minha retraite, trabalho desde petiz.
Não m’interessam ostras, caviares ou Lilis.
Quero a minha vida, aprender a ser feliz.
E agora chego aqui estou velho com desgosto.
Quero ir pr'á terra sem cavar nem pisar mosto.
Nunca pedi nada a ninguém nem um caroço,
Só naquele dia que queria curtir tremoço.
Coro:
Se eu esticar a mão, não vai ser para pedir
Se eu esticar a mão, vai ser para te agredir
Se eu esticar a mão, não vai ser para pedir
Se eu quiser tremoço, vou-te apertar o pescoço
Lamento falso:
Sempre trabalhei com gosto faço o que quero,
Tudo o que tenho veio de trabalho sincero.
As casas na praia, no campo e na serra,
Aplicações modestas juros muito concretos.
Dei trabalho a muita gente que nada podia
E agora preciso de ajuda no dia-a dia.
Tenho muita despesa na minha cortesia
Venham lá apoios para as ondinhas na piscina.
Não se pode viver sem algumas veleidades
São essências minhas não como as vossas vaidades.
Algum sacrifício, pedem, faço à vontade:
Não corto na minha mas na tua liberdade.
Dei trabalho a muita gente que nada podia
E agora preciso de ajuda no dia-a dia.
Tenho muita despesa na minha cortesia
Venham lá apoios para as ondinhas na piscina.
Coro:
Se eu esticar a mão, não vai ser para pedir
Se eu esticar a mão, vai ser para te agredir
Se eu esticar a mão, não vai ser para pedir
Se eu quiser tremoço, vou-te apertar o pescoço
Toda a vida trabalhei para comer um osso, sugaste-me o tutano, chupas-me o pescoço.
Nunca pedi nada a ninguém nem um caroço,
Tem muito cuidado já te estou a abrir um fosso.
Deita-te na cama d’ouro deita-te à vontade, dei-te o teu poder, dei-te a tua veleidade.
Vou estar à tua espera vou-te espremer a verdade, a verdade, a verdade.
Coro:
Se eu esticar a mão, não vai ser para pedir
Se eu esticar a mão, vai ser para te agredir
Se eu esticar a mão, não vai ser para pedir
Se eu quiser tremoço, vou-te apertar o pescoço
|
||||
2. |
|
|||
Vais á esquerda
Vais á direita
Vais mais ao lado
Ficas ao centro
Vai mais à frente
Mai' um bocadinho
Chegas-te atrás
Roda pianinho
O Mandador:
Chega-te à frente oh cagarro,
Não foges da minha empreita.
Vens quando eu te chamo,
Ou vais de maleta em maleita.
Chama a tua, chama a minha,
A minha sempre vai apagada.
Chega-te à minha beira
Vê a menina babada
Tá de esguelha para a esquerda
Levas solha para a direita.
Todo o dia a levar
Com esta minha corneta.
As virtudes d’ir ao centro,
D’ir ao centro e não voltar.
São aquelas que te dizem,
As que ouves sem parar.
O mandado:
Tentei andar para a frente,
Rodopiar e voar.
Guinchar com’ó cagarro
para como ele cagarrar.
Todos puxam para o meio,
Mas eu não vou parar.
Vou buscar outra roda
E vou-me pôr a dançar.
Para a esquerda e para cima,
Em frente e em liberdade
Esta roda rodopia,
Rodopia, para nos cansar.
Tanto vamos para o centro
Que um dia vamos tombar.
Lá estaremos em roda viva,
Para a nossa vida arrepanhar.
Roda o moinho, roda a vida,
Farinha desse mesmo saco.
Mois-me a cabeça, a minha,
Mas eu não sou assim tão fraco.
Companheiros da nova roda
Rodai para a nossa esquerda.
O encontro é no farol
Ligai a luz que está lerda.
|
A Charanga Portugal
...é um projecto de música electrónica fortemente ligado às raízes da cultura popular portuguesa, mais concretamente à “folk” nacional. Ao mesmo tempo que utiliza computadores, beatboxes, sintetizadores, ferramentas virtuais e influências musicais globalizadas, utiliza também o Bombo, a Gaita-de-Fole, o violino, a Ti Catarina Chitas na moda da Ceifa, os Adufes etc. ... more
Streaming and Download help
If you like A Charanga, you may also like: